sábado, 23 de julho de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Entenda, eu estou tentando entrar na sua história...

penso nas alternativas que tenho para te deter
tentar controlar esse movimento espontâneo que invade o dia
muda a fala
diminui o diâmetro do abraço

Meu tom pejorativo não modifica a narrativa

aquele instantâneo sobrecarregando essa sua imagem presa ao passado
a face escura ou triste desse objeto que instalamos entre nós,
daquela carta suspensa pelo correio
talvez fosse preciso um, dois ou mais minutos dentro de anos de paciência.
estes ambientes selvagens
nessa mudança climática

terça-feira, 19 de julho de 2011

como aquela casa na árvore, as folhas ficavam caindo com qualquer vento. era bonito deitar e ficar olhando entrar pela janela aquilo tudo: luz, folha, vento
Os saltos acrobáticos que dávamos para descer daquele um metro e meio de altura tão alta, tão longe do chão.
Estou um pouco envelhecido com essas lembranças, mas tenho medo de formatar isso.
Você sabe que minha mãe ainda mora naquela rua e nem árvore tem mais por alí? Cada vez que visito acho mamãe mais sozinha e perdida, aquela única casinha no meio da alcatéia de prédios. Talvez a gramática precise reformular esses substantivos coletivos...




Não podemos desbravar esses papéis em branco sem dar nomes. Não acho que essa distância quilometrada seja ruim, apesar dos contratempos, dos dias corridos e apertados dentro de funções que não se diluem com a matemática dos livros. A lonjura que mantemos das coisas para nos resguardar já é suficiente para que "se extinga o fogo na cozinha da casa".

Foto,texto, titulo: R. Villaça
referencia: F. Gullar(Poema Sujo)