segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Para não esquecer

O Livro sobre Nada

Manoel de Barros

-Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.
-Tudo que não invento é falso.
-Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
-Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
-A inércia é o meu ato principal.
-Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
-De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.