sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ela em silencio deve saber do meu sorriso.



ficasse assim
sobrando pano pra manga
expressões pessoais
coisas afins
cafés viajantes pra arejar o dia, uma gripe estrangeira
Sirenes de carros avisam:
"se a menina é louca/ se a tristeza é muita"
vaos,escadas,
o que falta é coragem

ou figura fácil em cartas.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

acrescentando decibéis ao meu alfabeto

mas isso ficou categoricamente invisível

sem pedidos, guardas, insistências e atrás das coisas haviam as outras coisas que também tinham suas proprias vidas e uma inquietude certa.
essas que a gente não pensou....
e minimamente iniciou-se um processo que não sei nomear

essa cidade, as chuvas sendo as mesmas dentro das mesmas noites de inverno e todas as outras estações do ano
temo escorregar dentro de uma poça d'agua.

era um Golpe de Estado

por favor
apague meu cigarro
misture meus enredos
mas avise que o samba não passa mais por aqui

na superfície macia das coisas

todo homem sozinho devia fazer uma canoa e remar para onde os telegramas estão chamando.

"deixa eu te dizer (...) que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente(...)" caio f. abreu

(pelo jornal o mundo acabou)


havendo tremores mansos dentro da casa comovida por espaços vazios, tão vazios quanto ocos ou talvez um pouco solitários também.


São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande
Fogueira desvairada

"nossa época tem necessidade de violência"