ERVA MATE PAGLIOSA
a água chiando sem ferver...
e tapo a cuia em movimentos incertos
enterro a bomba tapando a ponta com o polegar esquerdo
enterro até o fundo do cestinho
fingindo saber observar o nível certo
adiciono no espaço vazio a água.
mateio, ronco
e passo em silencio para a cômoda ao lado
a cuia vazia.
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
às 12:05
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tenho um tempo pouco
pra contar só num esboço
o que entanto neste dia me restou
cartas fotos filmes notas: nada
voltam para constestar
o que se passa, que se vive,
que se encanta sem magia para voltar
e agora então? agora sim.
tenho um pouco tempo
pra cantar só num esforço
o quanto neste dia tanto me restou
gestos, falas, faces, toques: nada
voltam para celebrar
o que passou, que se viveu,
desencantou sem fantasia, seja, pra ficar
agora já foi. quero chá. rárá.
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